Veremos em que dá...

Blog pessoal de Lucio Baena de Melo.

Li hoje que milhares de blogs são criados diariamente e não duram mais que 6 meses.

EIS MAIS UM FORTE CANDIDATO!

Tentarei escrever aqui alguns pensamentos, comentários sobre o dia a dia que se vive embaixo do sol...

Este foi o primeiro post e o deixarei aqui pois explica o título do blog: Um Peregrino.
Por que "Um Peregrino?"

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aos Formandos da LIX Turma de Medicina da UEL

Aos Formandos da LIX Turma de Medicina da UEL.

Todo fim de ano é a mesma coisa: eu fico um tanto quanto depressivo. Em verdade é um misto de tristeza e de alegria. Alegria de vê-los felizes com o final deste trecho da jornada. Mas lembrem-se: foi dado apenas um passo, o mais importante por sinal! Mas foi um passo apenas. Tenham em mente que a vida é feita de recomeços e que a jornada nunca termina. Esta semana tenho visto vocês felizes com a contagem regressiva do fim de curso e recordo 1997, quando este velho professor era aluno como vocês, nesta mesma instituição e estava feliz com a sensação do dever cumprido. É uma grande vitória, uma grande conquista que será coroada com discursos, com festejos, e certamente será inesquecível e estará marcado na alma de vocês para sempre! E vocês merecem todos os louros desta conquista!

Por outro lado tenho que ser egoísta e dizer que esta semana também me tem enchido de tristezas, e não pouca. Tenho olhado a cada um de vocês com uma certa melancolia pois sei que alguns s nunca mais os verei, e isto me deixa assim, diminuído. Se após minha formatura há alguns colegas que nunca mais os vi, que direi de vocês? Seguirão cada um seu caminho e alguns nunca mais poderei cumprimentar, dar um abraço, um sorriso, um puxão de orelha na visita do PSM ou da Neuro... Quando estou me acostumando com nomes, de onde vem o aluno, qual especialidade irá seguir... Quando me habituo e desenvolvo um laço mais forte com vocês de repente o relógio bate as horas, e é chegado o tempo de se despedir... Isto me entristece e parece que foi arrancada uma parte de mim... Depois vem a nova turma de internos, a gente se acostuma aos poucos, se conhece, a ferida da ida da turma anterior vai se amenizando, e quando se parece que tudo está muito bem agora esta turma também vai embora, e a ferida é rasgada mais uma vez. Este é meu ciclo de vida nos corredores de nosso hospital, a nossa casa, o nosso lar.

Se eu pudesse ter o direito de pedir algo a vocês o que eu pediria é que nunca se esqueçam desta nossa casa!  Há muitos defeitos, mas é a nossa casa. Foi ali que vocês receberam as primeiras lições, aprenderam examinar, raciocinar clinicamente... Sei das falhas, que são muitas! Mas é nosso berço, nossa escola, por um tempo foi nosso lar... e agora é hora de vocês saírem da casa... Nunca se esqueçam dela! Que seus olhos e seus corações possam estar direcionados a ela. Eu me pergunto: será que desta turma de 80 alunos não haverá ao menos um que retornará a esta casa, se dedicará a ela e repassará a outras gerações o que inicialmente aqui aprendeu e aperfeiçoou em outros centros? Esta esperança de que alguém retorne me faz um pouco mais feliz.

Não se esqueçam que vocês agora irão à batalha num mundo onde reina uma grande carência. Há uma carência material que é a própria pobreza. Lembrem-se que quando os pacientes chegam a nós eles vêm fragilizados. Ora pela doença que os corrói e causa dor, ora pela humilhação de enfrentar um sistema com uma série de falhas. Ora pela humilhação até de serem maltratados por muitos de nós... Não somos melhores que ninguém.  Todos somos o mesmo pó, e a ele retornaremos.  Que saibamos ser humildes o suficiente pra levar o lenitivo necessário aos que padecem. Se você acredita em Cristo lembre-se da carta do Apóstolo Paulo à igreja em Colosso. Diz algo mais ou menos assim: que tudo que fizermos, que seja feito da melhor forma, de todo o coração, como se estivéssemos fazendo ao próprio Senhor, e não aos homens, pois é a Cristo que estamos servindo...

Verão também que há uma carência moral. O mundo está sitiado! Basta assistir qualquer noticiário e ver o quanto este mundo está perdido. E não é de hoje. Ganância, falta de ética, desonestidade... Lembrem-se que há um caminho largo, fácil... e há um caminho estreito, sinuoso, difícil... Qual escolhereis?

Há também uma carência espiritual. Há falta de DEUS! "Não sejam sábios aos vossos próprios olhos". "Lembrem-se do Criador nos dias de tua mocidade"... Que vocês possam ter a oportunidade de ter um encontro com Cristo, este é meu maior desejo.

Quero pedir perdão por minhas falhas como docente e como preceptor do internato médico. Se houve alguma virtude em mim que seja para a glória do Altíssimo. E as falhas, essas sim eu as assumo: foram minhas. Peço o perdão.

Queridos, gostaria de poder abraçar cada um e dizer o quanto vocês têm sido importantes em minha vida. 

"E sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição".

Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, os abençoe e que vocês sejam muito felizes.

"...o meio dia nos abrasa, e nossa sonolência transformou-se em pleno despertar, e devemos nos separar: Se nos encontrarmos outra vez no crepúsculo da memória, conversaremos de novo e cantareis para mim uma canção mais profunda.E se nossas mãos se encontrarem noutro sonho, construiremos mais uma vez uma torre no céu..."
Gibran


A gente se vê por aí...
L.

domingo, 24 de julho de 2011

São Paulo de Piratininga e a Piratininga de São Paulo

Pátio do Colégio - lugar onde surgiu a cidade de SP.
Nasci e fui criado em São Paulo. Nasci no Hospital Samaritano. Fui criado num bairro de periferia. Como toda criança criada na periferia joguei muita bola na rua com os pés descalços. Calçados pra se jogar futebol eram luxo desnecessário. Quando muito bastavam um "Bamba" ou um "Kichute". Quando chovia era especial! A garotada ía ao campinho de futebol pra jogar bola no meio do barro. As mães que o digam a delícia que era lavar a roupa depois...
Na medida em que cresci a vida tomou outro rumo e vivo no estado do Paraná há 20 anos. Nele recebi a formação profissional, conheci a esposa (outra paulistana), casei, tive filhos e por lá ainda estou. Mas nunca deixei de amar São Paulo. Nunca deixei de admirar a bravura de sua história.
Estudei numa escola pública. A Escola Municipal de Primeiro Grau Prof. José Ferraz de Campos.
Em 1980 cursava a terceira série primária e aí conheci a melhor professora que tive na vida: Profa. Raquel Maria Chiari, que ainda vive, e não passa ano que eu não ligue a sua casa na cidade de Garça e dedique alguns minutos de sincera admiração e devoção. Inesquecível. Temida e mal entendida por uns, mais que amada por outros. Foi na sala de número 5 desta escola, na penúltima carteira da segunda fileira (contando da janela) que fiquei um ano das 11:00 às 15:00 recebendo seus ensinamentos e sonhando com os países por ela apresentados, as histórias, as brincadeiras, a oração de agradecimento a Deus pelo dia passado que era pronunciada no final da aula (e que meus filhos repetem toda noite uma versão parafraseada). Foi ali que uma grande paixão surgiu, paixão esta incentivada no âmbito familiar: a leitura.
Tornei-me membro da biblioteca pública da Lapa, na rua Catão. Freqüentava-a com assiduidade e foi por ela que tomei conhecimento de um de meus heróis, o Sherlock Holmes, de Conan Doyle. Li todo o conjunto emprestado da biblioteca (hoje tenho o meu em casa e eventualmente dou uma revisitada). E para a degustação de Conan Doyle, Machado de Assis, Vinícius de Moraes, Rubem Braga, Drummond, Sabino e tantos outros que paulatinamente tomava conhecimento, havia um local sagrado, o meu santuário particular: uma árvore. Nos fundos da escola quase que diariamente eu subia seus galhos. Ali ninguém me via, ninguém me achava, os berros de minha mãe por lá não ecoavam... Paz e isolamento total. E o cultivo desta nova e interminável relação: eu e os livros.

Biblioteca Mário de Andrade
Algum tempo depois passei a freqüentar a biblioteca Mario de Andrade, no centro de SP. Ali os vôos foram maiores. Adorava ir à sessão de raridades e pegar edições autografadas de Mário de Andrade e Vinícius de Moraes. Eu passava o dedos em cima dos dizeres escritos à tinta (sob os olhares cuidadosos da funcionária) e eu me sentia como que transladado àquela época e a aquele momento. Era como se eu estivesse ao lado no dia que Mário de Andrade autografara e dedicara aquele exemplar.
Casa de Mário de Andrade

Depois descobri que Mário de Andrade residira à rua Lopes Chaves 546 e que parte de sua residência era mantida do jeito que ele deixou em 1945. Fui lá. Os mesmos móveis, parte da biblioteca, o piano... Também imaginava as reuniões ali ocorridas na época do modernismo. Tarsila sentada de um lado, Oswald de outro. Nesta época iniciei a leitura de suas cartas a Pedro Nava, a Drummond e Manuel  Bandeira. Um mundo novo e cativante. Penetrar nas mentes e no cotidiano destes monstros sagrados da literatura brasileira era muito edificante.

São Paulo é apaixonante. Embora eu more noutra cidade não consigo ficar muito tempo sem revisitá-la. Lembro Fernando Pessoa ao ver Lisboa: ..."outra vez te revejo, o coração mais longínquo, a alma menos minha"... Sempre me emociono ao passar pelo Ibirapuera e ver o Obelisco aos Heróis de 32. Um belíssimo capítulo da história do Brasil e da bravura do povo paulista. NAO DUCOR DUCO - conduzo, não sou conduzido.  Marrey Junior, Pedro de Toledo, Campos Salles, Barão de Ramalho, Benedito Tolosa, Guilherme de Almeida, Arnaldo Vieira de Carvalho, Flamínio Fávero, Carlos da Silva Lacaz (carinhosamente chamado por Ricardo Veronesi de "o Dom Quixote de Guaratinguetá")... as Arcadas do Largo de São Francisco, os monumentos das faculdades de direito e medicina dedicados aos alunos cujas vidas foram ceifadas na Revolução Constitucionalista de 1932 ... 

"Quando se sente bater
No peito heróica pancada,
Deixa-se a folha dobrada
Enquanto se vai morrer."

Versos de Tobias Barreto, no Monumento ao Soldado Constitucionalista de 1932 

_____________

Um dia decidi visitar minha antiga escola, em um destes meus retornos. Revi as salas de aula, as mesmas carteiras, as mesmas lousas, os corredores que por anos viram meus passos, e por fim, como sempre, reencontrar minha velha árvore... Qual não foi a surpresa: ela não mais estava lá. Em seu lugar havia uma placa de concreto. Não sei porque o fizeram. Parte de minha história se foi. Quisera eu ao menos que seu tronco fosse empregado no feitio de centenas de lápis, e assim mais crianças fossem alfabetizadas. Ou móveis ou carteiras escolares criadas e mais crianças recebessem instrução. Ou quiçá, já que foi extirpada, outras duas ou mais fossem plantadas, e num futuro crescessem seus galhos, e um dia uma criança encontrasse sossego e amparo sob suas sombras e pudesse amar os livros...

Não sei o que de ti foi feito. Vejo a placa de concreto em teu lugar e só posso imaginar que pra mim esta é a tua lápide, e que pra mim você sempre viverá. Descanse em paz, velha amiga! A tua morte não foi em vão!

A São Paulo de Piratininga me traz uma série de recordações. "Outra vez te revejo, o coração mais longínquo, a alma menos minha"...

continua...

sábado, 9 de julho de 2011

Sobre filhos...

ESTA semana um de meus pequenos completa mais um ano de vida. Passa-me rapidamente pela cabeça vários momentos: quando eu conversava com meu sócio no consultório e o fax imprimia uma folha - era o teste de gravidez positivo de minha esposa. Os preparativos, a descoberta do sexo do bebê. A escolha do nome, roupas, os meses que se passam, a decoração do quarto, o dia do parto. 
Recordo o dia do parto quando peguei no colo aquela criaturinha que precisava de conforto e carinho. Foi amor à primeira vista. Vi que estaríamos ligados para sempre. 


Eles (meus filhos) não sabem. Desde que estavam no ventre de sua mãe eu sempre pedi (e ainda peço) a Deus que eles recebam proteção do alto. Quando eles nasceram eu os abracei já na sala de parto e pedi a Deus que os conduza pelas veredas da justiça.
Gosto de ler e meditar o Salmo 139 quando narra que "Os teus olhos (Deus) viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia." Isto denota a soberania de Deus em nossas vidas e nos traz conforto, isto é, para aqueles têm em Deus a razão de esperança nestes dias...


As crianças estão crescendo e cada dia é uma alegria diferente. 


Como mudam nossas vidas e quão tamanha é nossa responsabilidade ao criá-las e torná-las luz num mundo onde o que prolifera é a escuridão. A escuridão da ignorância, do ódio, da violência, da ganância, do materialismo e da pouca espiritualidade. A escuridão da corrupção."Levar vantagem em tudo"...Esquece-se de que um dia o "peso será colocado na balança"... Há um tribunal do qual nenhum de nós escapará. Estamos preparados?



O apóstolo Paulo na carta à igreja em Éfeso escreve que os pais não devem provocar os filhos à ira e sim criá-los na doutrina e na admoestação do Senhor.

O que significa provocar a ira? Embora tenhamos autoridade sobre nossos filhos isto não significa que devemos ser autoritários e abusivos. A correção, quando necessária, deve ser feita com amor e paciência. A correção, a repreensão e o aconselhamento devem ser empregados com ternura e amor.  "O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões." (Provérbios 10:12). O amor não "encobre", não disfarça e nem evita que venham à tona os erros do viver diário. O amor cura, o amor ensina, o amor corrige e o amor transforma. A ira, não.


..."na doutrina e na admoestação do Senhor."  

O apóstolo Paulo emprega o termo "paideia" (παιδεία) para doutrina que significa toda a instrução fornecida, os valores, a moral, o discernimento... "a transformaçao pela renovação da nossa mente", outro texto paulino. Crescer num ambiente em que se cultivam o amor e a harmonia. Doutrina envolve o conhecimento e o crescimento global. Doutrina é a formação geral, o olhar por elas, o cuidado, a proteção. Já em admoestação está em uso a palavra "nouthesia" (νουθεσία) que embora semelhante ao termo anterior dá grande ênfase ao falar, à transmissão oral. Vemos assim duas interpretações disto: a primeira que envolve toda a instrução que se é transmitida através de posturas, de exemplos e de atitudes; o segundo se relaciona à oralidade, às admoestações que são dadas por palavras de conforto, de incentivo, de exortação e até de censura e reprovação quando necessárias. 


Vemos então que o apóstolo Paulo menciona que os filhos devem ser criados na doutrina e na admoestação do SENHOR.  Todos os pais que são comprometidos com seus filhos preocupam-se com a formação moral, a conduta, o ensino, honestidade, o trabalho, boas maneiras ... Não há necessidade de ser cristão para ser um bom homem. Todas as culturas e todas as crenças estão empregadas a que se haja um homem decente, honesto e melhor. Uma vez conversava com um amigo e ele disse da não necessidade de Cristianismo ou de religiões. Ele é um bom pai, um bom esposo, paga suas contas. Enfim, um homem honesto e honrado. E quantos pensam desta mesma forma? A diferença é que este edifica sua casa sobre a areia e em verdade não se tem o conhecimento da brevidade desta vida. Esquece-se que estamos sendo moldados para uma vida perene e que estes dias são uma pequena amostra. O apóstolo João escreveu que ..." o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."


O apóstolo enfatiza que os pequenos devem ser criados na doutrina e admoestação do Senhor. Aqui há um outro chamado. O apóstolo convoca os pais a que ensinem aos filhos sobre Aquele que no princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Aquele que todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Para que conheçam Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.  


Há aqueles que edificam sua casa sobre a areia e aqueles que edificam sua casa sobre a rocha. A chuva virá, transbordar-se-ão os rios e os ventos soprarão com violência. A casa que for edificada sobre a Rocha rija permanecerá.


"Que as palavras de meus lábios e o meditar de meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!" Salmo de Davi.


Saibamos conduzir os pequenos pelas veredas da justiça que conduzem ao Eterno.

"Os filhos são herança do Senhor". Salmo de Salomão.

sábado, 25 de junho de 2011

Sobre perdas...

Recentemente sofremos duas perdas familiares: uma adorável tia octogenária que era a caridade e alegria em pessoa. Algumas semanas antes nascera uma bisnetinha. Uma grande alegria! Algumas semanas após o seu neto, pai desse bebezinho, sofreu um acidente automobilístico e encontrou o seu fim. Imagine a situação emocional de minha prima: num muito curto espaço de tempo perdeu sua adorável mãe e seu amado filho... Quanta tristeza, quanta dor...


Sendo médico a gente acaba meio que se acostumando a ver tantas pessoas falecendo. Em minha especialidade são comuns os acidentes vasculares cerebrais, tumores malignos... Não é que a gente se torne insensível. Mas a maneira de encarar o fato se torna diferente. No entanto,  quando "a indesejada das gentes" chega perto a gente sofre, e é sobre sofrimento que tento escrever estas linhas. 


Há cerca de um ano ou mais um grande amigo perdeu sua amada esposa. Suicídio. O abalo foi grande. A gente não quer acreditar. Senti a perda e sofri com este meu amigo. Tal sentimento me levou à procura de livros e aqui pretendo citar rapidamente dois:



Esperança Para o Coração Ferido: o autor narra a perda de sua filha adolescente, suas tristezas e angústia. Aos poucos suas feridas são amenizadas e a esperança e a crença em Deus trazem lenitivo para sua alma. Uma leitura que me ajudou bastante. O autor disseca profundamente alguns Salmos e outros textos da Bíblia e mostra a soberania de Deus e nossa total dependência à sua misericórdia em todos os acontecimentos de nossa vida.


Outro livro que debate o tema é do conhecido autor das "Crônicas de Nárnia", C. S Lewis.
O livro  chama-se "O Problema do Sofrimento". Neste livro o autor apresenta questões como:
"Se Deus existe e é bom, por que permite nosso sofrimento?"
"Por que sofremos?"
O livro é denso e profundo. E traz alguma luz à muitas de nossas inquietações.


Não consigo deixar de pensar no sofrimento de minha querida prima.


No entanto, há uma diferença! Aliás, há uma grande diferença! E a diferença é em que você crê, onde você deposita sua confiança.


Aqueles que confiam e entregam suas vidas a Cristo entendem melhor a brevidade da vida, e que na realidade a vida é um prólogo, e a morte é o começo. Morrer é que é viver. E viver é Cristo.


Estamos preparados para ela? Quem confia em Deus encontra refrigério em palavras como "entrega teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará" (Salmos 37:5).


Pra mim um texto bastante significativo é a carta do Apóstolo Paulo à Igreja de Tessalônica, em especial o capítulo 4, verso 13: ... "para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança."


Está é a grande diferença, ter esperança! E onde está a esperança? O mesmo Apóstolo o diz em sua carta à Igreja de Colosso: "Cristo em vós, a esperança de glória(Colossenses 1: 27). Trago novamente outro pensamento de São Paulo que "se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos seres" (Primeira Carta aos Coríntios cap 15, verso 19). 

Há uma diferença, há uma esperança. 


Terminando este pensamento não posso deixar de pensar em minha querida tia e em seu neto e lembrar destes versos do livro sagrado.


"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." I Cor. 2:9


"Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos.” Salmos 116:15


Consolemo-nos com estas palavras. Esta nossa vida é apenas o prólogo!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

24/06/1717 - Grande Loja de Londres

24/06/1717 - data da fundação da Grande Loja de Londres.
Eu não gostaria de retornar a este tema tão cedo (maçonaria). A questão é que a data se faz importante e decidi tecer algumas linhas sobre o tema. Prometo da próxima vez escrever algo de maior interesse e utilidade.
Existem várias teorias que versam sobre a origem da ordem maçônica. Uns dizem que é de origem bíblica, na época da construção do templo de Salomão; outros que vêem seu início no apogeu do império egípcio. Alguns que relatam sua origem junto à ordem dos cavaleiros templários... Há muitas outras correntes.
Os estudiosos da causa - aqueles que dão importância à comprovação documental - vêem sua provável origem em torno do século XII junto às corporações de trabalhadores (construtores) na Inglaterra. Pra quem não sabe a palavra maçom de uma forma bem simples significa "pedreiro". Posteriormente em 1356 foi fundada The Fellowship of Masons e em 1376 The Worshipfull Company of Masons. Até então estas corporações eram destinadas aos trabalhadores das catedrais, os construtores. Em 1600 se tem notícia do primeiro não pedreiro a ser aceito na confraria dos maçons. A idéia se espalhou pela Europa, lojas maçônicas eram fundadas e no dia 24/06/1717 quatro lojas em Londres se reuniram e fundaram a primeira obediência maçônica no mundo a Grande Loja de Londres (hoje a Grande Loja Unida da Inglaterra).
Este é o berço da maçonaria mundial. Hoje seu líder é o primo da Rainha da Inglaterra, HRH Prince Edward, Duke of Kent.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Grande Oriente do Brasil - 189 anos de sua fundação!

Em 17 de junho de 1822 foi criada a primeira obediência maçônica no Brasil. Através da reunião das lojas maçônicas Comércio e Artes, União e Tranquilidade e Esperança de Nictheroy foi fundado o Grande Oriente do Brasil (ou Grande Oriente Brasileiro, na época com este nome). Seu primeiro líder - denominado Grão-Mestre -  foi José Bonifácio de Andrada e Silva.
A Maçonaria teve papel importante nos grandes movimentos sociais do século XIX: a Independência, a Abolição da Escravatura e República. Depois parece que se tornou mais tímida. Sua influência não foi mais a mesma. Hoje é incompreendida por muitos que não a conhecem e muitos absurdos dizem a seu respeito.
A Maçonaria é um agrupamento de homens livres e de bons costumes e visa ao aperfeiçoamento do homem. Seu enfoque se dá na prática do Amor Fraternal, a Caridade e a Verdade. Não é uma religião.
Pode um cristão ser maçom? Outra hora tentarei divagar sobre este tema. Na verdade pode, eu mesmo sou cristão e não vejo problema algum, assim como milhares espalhados pela face da Terra.
No Brasil há 3 grandes corporações maçônicas: O Grande Oriente do Brasil (a mais antiga e tradicional), As Grandes Lojas Estaduais e os Grandes Orientes Independentes.
Conheça esta tradicional corporação maçônica: O Grande Oriente do Brasil .

terça-feira, 21 de junho de 2011

Por que Peregrino?


Aqui vai o meu primeiro post neste candidato a falido blog.
Por que "Um Peregrino?"
Peregrino é um dos livros muito conhecidos no meio cristão, de John Bunyan, em que narra a história de um peregrino ante os mistérios desta vida. Vale lê-lo!
Mas o que me motiva a escolher este nome é a interpretação daquilo que nós cristãos somos. Peregrinos e estrangeiros sobre a terra, como diz o autor da carta aos Hebreus, no Novo Testamento.
Quem realmente acredita em Cristo como seu Salvador pessoal, e não como uma figura emblemática e imortalizada em imagens na cruz, mas o tem como Soberano sobre sua vida sabe o que escrevo agora. É o não pertencer a este mundo.  Como disse o Ap. Paulo: se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos seres (Primeira Carta aos Coríntios cap 15, verso 19). Está é a nossa esperança: a vida eterna com Cristo!
Mas a vida do peregrino não é tão simples assim...
Com estas linhas inauguro este blog (não sei até quando nem onde vai...).