Veremos em que dá...

Blog pessoal de Lucio Baena de Melo.

Li hoje que milhares de blogs são criados diariamente e não duram mais que 6 meses.

EIS MAIS UM FORTE CANDIDATO!

Tentarei escrever aqui alguns pensamentos, comentários sobre o dia a dia que se vive embaixo do sol...

Este foi o primeiro post e o deixarei aqui pois explica o título do blog: Um Peregrino.
Por que "Um Peregrino?"

domingo, 26 de março de 2023

ALTAIR JACOB MOCELIN - 10 anos sem o mestre.

 ALTAIR JACOB MOCELIN - 10 anos sem o mestre.



ALTAIR JACOB MOCELIN - 10 anos sem o mestre.

        
        Acredito que uma de minhas missões nesse vale é exaltar o nome e a memória de meus antigos mestres e daqueles que dedicaram parte de suas vidas à causa da Gloriosa, a Medicina UEL. Em meus parcos e faltos textos procuro trazer à lembrança seus nomes, datas e feitos. Um trabalho de formiga, sem ampla divulgação ou alarde, e que expressa a gratidão de um filho devotado à casa que tudo deve.
        
        Hoje rememoro os 10 anos da perda deste insigne mestre, o Prof. Altair Jacob Mocelin. De longe não sou a melhor pessoa para escrever sobre o mestre. Fui apenas aluno na graduação e residência. Não fui um dos discípulos mais fieis que partilharam seu dia a dia. Talvez Prof. Dr. Vinícius Delfino seja o nome mais indicado, ou aqueles que faziam parte do grande triunvirato (em um sentido elevado do termo) da Nefrologia em nosso país: Pedro Gordan, Anuar Matni e o homenageado. 
        
        Quando converso com seus ex-residentes (Denis, Kunii, Jaqueto, Francisco, Miguita, Fabrízio, a lista é grande...) e tantos outros que conviveram com o mestre, sempre há histórias pessoais - uma mais notável que outra - da bondade e compromisso para com os pacientes, alunos e com todos que compartilhavam sua grandeza, expressa em sua humilíssima personalidade. Não vou dissertar sobre seu pioneirismo na nefrologia, sobre sua formação em Harvard, o primeiro tranplante de rim no Paraná. Isso deixo para seus fieis discípulos. Era um professor simples, que sentava à mesa com seus alunos e os tratava como seu igual. Sem soberba, dedicado e com interesse genuíno de exercer a prática do bem. 

        Os grandes homens, aqueles que realmente fazem a diferença e dão nó em nossas mentes, aqueles cuja maestria, bondade e saber são insondáveis, eles não precisam de propaganda, de coach, do poder das mídias.. Nós, os medíocres, acabamos por nos render a essa caixa de Pandora.  Já estes meus antigos mestres, como o relembrado, estes possuem brilho próprio. Basta o poder do exemplo. Basta sua própria vida.  
    
        Saudades.

        Que jamais nos esqueçamos daqueles que dedicaram parte de suas vidas à causa da Gloriosa e que os mais novos saibam honram seus nomes e seus feitos.