Oswaldo Nogueira da Silva Filho - Turma 58 MEDUEL
Deve ser da idade: minha alma antiga se alimenta de memórias, recordações e feitos. Estes molduram parte de mim e me lançam a meditar sobre tantas histórias, tantos colegas (alunos e mestres) cujas vidas foram forjadas nos corredores de minha casa, a Gloriosa.
Em 2011, no dia 06 de abril, você nos deixou prematuramente, caro Oswaldo Nogueira da Silva Filho. Meses antes conversávamos na salinha dos internos no PS. Naquela sala (que não mais existe), eu te perguntava sobre os planos pós formatura, algo que comumente o faço com os alunos. Você estava ansioso em findar o internato, começar a vida profissional e irradiava a esperança de explorar novos ares.
E por obra do destino foram os céus que o levaram de nosso convívio. Você era recém formado e prestava serviço nas Forças Armadas. Um acidente de helicóptero o levou para sempre. Não houve tempo para novos planos. Não houve como você mostrar o que aprendeu conosco. Não deu tempo de rever teus colegas nos encontros de turma, constituir família, ver teus filhos e os filhos de teus amigos crescerem e te chamarem de tio nas festas de 5, 10, 15 anos de formados. Tão jovem e tão cedo nos deixou.
Em nossa instituição não me recordo de homenagens póstumas. Se não houve: falha nossa. Se ocorreu, a memória me trai.
Mas venho aqui, 10 anos depois, em nome da Gloriosa e de tua Turma (58) lembrar você, meu amigo. Você faz parte desta grande família cujo sangue laranja é o que flui nos vasos de nossa alma.
Saudades!
Que possamos sempre recordar os nomes daqueles que dedicaram parte de suas vidas à causa da Gloriosa e que os mais jovens cultuem suas memórias e jamais se esqueçam de seus feitos.
Daquele que, sem a devida capacidade, ousou ser chamado de teu professor.