O banquinho de
madeira.
Foi
aqui neste banquinho, passados 20 anos, que dissemos sim um ao outro.
No
dia 31 de maio de 1995, dois paulistanos, distantes centenas de quilômetros de
sua terra natal, haveriam de se encontrar nos corredores da Gloriosa, a nossa
amada e sofrida Medicina UEL. Ou seja, até o início de nosso amor foi
sacramentado nos corredores da Casa a que tudo devo e que muito amo.
Éramos
bens jovens. Sonhos e esperanças. Unimos nossas mãos e corações e passamos a
ser um só. Minha vontade passaria ser a sua, e sua a minha. E assim caminhamos
juntos os próximos passos do curso de medicina.
Perante
as várias fases do curso de medicina sempre houve a tua meiga presença. Foi por
ti e pra ser digno de teu amor que enfrentei todas as etapas do curso. Sempre
havia você. Sempre foi você.
Deus
foi misericordioso em me apresentar você. Logo eu, que nada mereço. Só mesmo a
bondade de Deus.
Tornamo-nos
médicos. Fomos alunos de grandes mestres e agora seguimos seus passos, formando
as novas gerações de doutores, num mundo tão estranho e diferente daquele que
foi palco de nosso encontro. Estamos longe de chegar aos pés dos mestres que
nos precederam. Mas creio que é parte de nossa missão. E esta tarefa se torna
branda ao compartilhar e seguir teus passos nos corredores da Gloriosa.
Sempre
havia você. Sempre foi você.
Você
é o meu descanso em um dia atribulado. Você é refrigério no calor de minhas
angústias e medos.
Você
me dá bom senso quando me torno impetuoso. Você me lê os pensamentos através de
teus olhares. Você é magia. Teu toque e teu sorriso amenizam as feridas da
alma.
Você
é alento, você é meu mar calmo, você é meu sol do meio dia. Você é fúria, você
é meu terremoto, você é meu vendaval!
É
você que me aquece no inverno. É teu sorriso que é o frescor de meu verão. É
você que deixa meditativo no outono das horas. É você a flor que desabrocha na
primavera de minha vida.
Você
me completou e nos deu as duas jóias que temos: Alexandre e Laura. Você me deu
o maior presente que é receber o abraço dos pequenos e ouvi-los dizer: PAI.
Ah!
Que poder teve aquele banquinho de madeira.
São
20 anos e não vinte dias.
Sempre
foi você e por você. Sempre será você.
Obrigado
Deus por ela estar na minha vida. Nunca mereci tanto.
Não
posso deixar de citar uma amiga que foi o amálgama desse encontro : Cris
Iacomussi Reganin. Veja aqui, amiga, o que você fez.
Era
você, sempre foi você, é você e sempre será você.
Não
preciso de mais, até porque não há.
Cada
dia vivo, tentando ser digno de você.